domingo, 2 de outubro de 2011

comecei pedindo ao deus coisas grandiosas. menos fome, menos guerra, mais amor.

a resposta não veio.

deus não deve gostar de palavras grandes.

humilde, agora recito o mantra: que eu sobreviva.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Sunshine

Ouvir folk alucinadamente. Oh, God, please don't leave me. Arranhar paredes repetindo sempre: o melhor, força, luz, axé. Juntar os pedaços que sobraram, chorar um pouco, e abrir todas as janelas. Welcome, sunshine, I knew you were coming all the way. I hope you could stay. Que tragas músicas, falas gentis e silêncios confortáveis. Muito amor e alguma dor.

sábado, 20 de março de 2010

"amo"

- "Mas você acha que isso pode dar certo, Fernanda?" Ele perguntou. Claro que não ia, quando foi que lutar por algum relacionamento já deu certo? Se você luta por ele é porque ele já acabou, é claro.

- "Eu acho que temos que tentar. Você por acaso quer me perder?" Ela sabia, evidentemente, que ele não queria. E nunca iria querer, ela o entendia muito bem. Mas sabia também, mais do que tudo, que isso não ia dar certo. Não é uma cantora que ele gosta que vivia dizendo que devemos deixar as coisas irem?

- "Não quero, evidentemente. Eu te amo, né? Não seja boba. Mas é que é tão difícil". Por que eles estavam tendo essa conversa? Inútil, inútil.

- "Eu também te amo. E é por isso que vai dar certo, okay? Vou sair. Mais tarde nos falamos" Vamos cortar isso logo. Não vê que sofrer por coisas inevitáveis é besteira?

- "Ok. Te amo!" Disse, dando adeus. Tchau ou adeus?

Ah, por que o amor nunca é suficiente?

quarta-feira, 3 de março de 2010

Alta vendetta d'alto silenzio è figlia.

(A nobre vingança é filha de profundo silêncio).

Alfieri: La Congiura de Pazzi, Ato I, Cena I

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Hoje eu tomei um susto.

Ao me deparar com novas possibilidades de preencher o vazio tive esperança. Eu, que em nada acredito, tive esperança. Criei uma dessas imagens felizes inúteis (ou super-úteis).

Devo ficar feliz? ou vai acontecer tudo de novo?

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Eu não sou uma pessoa corajosa. Nunca fui.
Eu não sou burro, também. Eu sei quando tenho problemas. Aliás, sei até demais.
Mas o que é o conhecimento sem coragem?
Neste exato momento eu estou em crise. Estive em crise esse ano todo. Eu sei. Mas não tenho coragem de tomar atitude pra mudar. Lembro Dylan dizendo "If you've got nothing you've got nothing to lose" mas de nada me adianta saber disso.

Esta semana eu vi uma luz. E eu tentei tão arduamente me agarrar a ela que eu me achei ridículo. Embora seja uma das coisas que eu mais faça, eu odeio me achar ridículo. Eu não tenho coragem pra ser vítima. Prefiro a força, o conhecimento, qualquer coisa menos me abrir e dizer: estou só e triste.

Essa semana eu estou parecendo alguém que eu conheço e isso é pior do que ser só triste. É se desesperar.

Eu tenho medo de me perguntar e não saber a resposta e então decidir morrer. Tenho certeza que isso aconteceria.

E então eu escrevo nessa estúpida utopia de que alguém leia e ache alguma coisa. Me ache.

What's the use of wondering?

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

estóico

o caetano canta, na sala: "eu só queria o amor, amor e mais nada".

e eu permaneço rijo, teso, estóico. permaneço na estrada que vai do nada ao nado tentando, em vão, encontrar algo que signifique.